
Cerca de 108 milhões de pessoas precisaram de ajuda humanitária em 2018 como resultado de desastres naturais como tempestades, inundações, secas e incêndios florestais, número que pode crescer 50%, para 162 milhões em 2030, segundo a Organização Meteorológica Mundial.
O alerta é divulgado hoje, Dia Internacional da Redução do Risco de Desastres, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) no Estado de Serviços Climáticos de 2020 desenvolvido em conjunto com 15 agências e instituições internacionais que lembra que uma em cada três pessoas no mundo não está coberta por sistemas de alerta precoce contra este tipo de catástrofes.
No entanto, estar preparado e existir capacidade de reação no momento e lugar certo pode salvar muitas vidas. Esses sistemas servem para prevenir desde ciclones e furacões a inundações, secas, ondas de calor, incêndios florestais, tempestades de areia e poeira, pragas de gafanhotos do deserto, invernos rigorosos ou inundações repentinas de lagos glaciais.
O estudo refere que, na última metade do século, os desastres naturais associados ao clima causaram mais de dois milhões de mortos, 70% deles em países menos desenvolvidos, e causaram perdas económicas.
Embora o número médio de mortes causadas por catástrofes tenha caído um terço naquele período, o número de desastres registados aumentou cinco vezes e as perdas económicas multiplicaram-se por sete, alerta o relatório.
Embora este ano tenha sido marcado por uma crise sanitária devido à pandemia covid-19, Petteri Taalas, secretário-Geral da OMM, destacou que “as mudanças climáticas continuarão a representar uma ameaça constante e crescente à vida humana, aos ecossistemas, às economias e sociedades nos próximos séculos”.
O financiamento de medidas para mitigar os efeitos das alterações climáticas, que está a atingir “níveis sem precedentes” é um aspeto positivo destacado neste Relatório.
Porém, alertam a OMM e outras agências, as medidas adotadas até ao momento são insuficientes para fazer frente a um aquecimento global médio de 1,5 graus neste século, sublinhando que seria necessário investir cerca de 180 milhões de dólares anuais entre 2020 e 2030.
Aceda aqui ao Estudo.
Fonte: Lusa
13 de outubro de 2020