O aquecimento global contínuo deve intensificar os impactos no ciclo global da água, nomeadamente na sua variabilidade e na gravidade dos eventos de chuva e seca. Esta é uma das conclusões do relatório do Working Group I do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), agora divulgado.

Este relatório mostra que as emissões de gases de efeito estufa, resultantes das atividades humanas, são responsáveis por aproximadamente 1,1 ° C de aquecimento desde 1850-1900 e conclui que, em média, nos próximos 20 anos, a temperatura global deve aumentar 1,5 °C.

Se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases com efeito de estufa, Climáticas os cientistas preveem que a temperatura global subirá 2,7 graus Celsius em 2100.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que este relatório sobre o clima é um “alerta vermelho” que deve fazer soar os alarmes sobre as energias fósseis que “destroem o planeta”.

António Costa, primeiro-ministro português, destaca o compromisso de Portugal com a neutralidade carbónica em 2050 e a relevância de medidas como “mais eficiência energética e energia renovável; investir na economia circular, no uso eficiente da água e na mobilidade sustentável; reformar a floresta e liderar a agenda dos Oceanos”. “Em suma, cumprir o programa do Governo, executar o Roteiro Neutralidade Carbónica 2050”.

Este relatório, que constitui a primeira parte do Sexto Relatório de Avaliação do IPCC (AR6) que será concluído em 2022, fornece pela primeira vez uma avaliação detalhada sobre as alterações climáticas a nível regional, que pode ser explorada num mapa interativo também agora lançado.

O relatório é divulgado poucos meses antes da realização da 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP26) e num momento em que as notícias de países afetados por vagas de calor, incêndios ou inundações têm marcado a atualidade.

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Fonte: Lusa

10 de agosto de 2021