
No Índice de Desempenho das Alterações Climáticas, divulgado na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, Portugal está em 14º lugar mundial. Esta subida é justificada, em parte, pelo encerramento das centrais a carvão e pela aprovação da Lei Bases do Clima.
De acordo com o Índice de Desempenho das Alterações Climáticas (CCPI), divulgado na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), Portugal subiu dois lugares no ranking, estando agora na 14ª posição mundial.
Segundo dados presentes no relatório, esta classificação é sustentada, principalmente, pelo fecho da central termoelétrica do Pego, em novembro de 2021 – permitindo eliminar o uso do carvão para produção de energia -, e pela constituição da Lei de Bases do Clima – já em vigor desde fevereiro do presente ano -, cujas metas estabelecem uma redução de 55% nas emissões de gases com efeito de estufa (até 2030) e o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica (até 2045).
No que toca ao uso de energias renováveis e à adoção de políticas climáticas, Portugal recebe ainda uma classificação “média”, por apresentar uma elevada quota na utilização de eletricidade, mas também uma baixa utilização de energia por habitante.
O Índice de Desempenho das Alterações Climáticas de 2022 avalia as políticas climáticas de 63 países (incluindo a União Europeia como um todo), responsáveis por cerca de 90% das emissões globais de gases com efeito de estufa. Os resultados mostram que nenhum está completamente alinhado com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5° graus centígrados e, este ano, o pódio mantém-se vazio, uma vez que nenhum país adotou medidas suficientes para se posicionar na classificação geral “muito alta”. Os países escandinavos, como a Dinamarca (4.º lugar) e a Suécia (5.º lugar), continuam a liderar o índice CCPI e no que toca aos países com pior classificação, estão mencionados países como o Japão, a China, os Estados Unidos da América, a Federação Russa, a Austrália, o Canadá, a Arábia Saudita e o Irão.
17 de novembro de 2022
Fonte: Observador e Jornal de Notícias