Cerca de quatro mil milhões de pessoas em 111 países — metade da população mundial — viveram, em 2024, o ano mais quente das suas vidas. Este foi o quarto ano mais quente consecutivo, também marcado pelos piores desastres relacionados com a água: inundações repentinas, secas, ciclones tropicais e deslizamentos de terras mataram mais de 8.700 pessoas, deslocaram 40 milhões e causaram prejuízos superiores a cerca de 534 milhões de euros.

O Global Water Monitor envolve várias organizações públicas e privadas, beneficiando da colaboração entre instituições em todo o mundo. A equipa, liderada por Albert Van Dijk, professor da Universidade Nacional da Austrália (ANU), estudou importantes variáveis da água, como precipitação, humidade do solo, fluxos de rios e inundações e concluiu que enquanto algumas partes do mundo sofreram grandes inundações, outras registaram secas devastadoras.

Van Dijk sublinha que “A água é o nosso recurso mais essencial e (…) inundações e secas estão entre as maiores ameaças que enfrentamos”. Por isso, defende que “Precisamos de nos preparar e adaptar a fenómenos climáticos extremos mais graves”, pelo que será útil apostar em estratégias de defesa contra inundações, no desenvolvimento da produção de alimentos, em sistemas de abastecimento de água mais resistentes à seca e em sistemas de alerta precoce.

Fontes: 

Global Water Monitor Observador